Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Saudade
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Sou timoneira, marinheira aventureira. Levo o meu barco, pelas águas do meu mar. Se o vento é forte, eu me coloco em alerta. Seguro firme, eu não me deixo naufragar. Arreio as velas, deixo o barco à deriva. Ao tom das águas, navegando devagar. Pego no leme e tento então tomar um rumo. Procuro um porto onde eu possa atracar. Um porto à vista nem sempre o encontramos. São muitas braças para que o possamos alcançar. Um bom marujo não se assusta com o tempo. De vento em popa, espero o dia clarear. Se o vento é leste, os seus estragos são maiores. É violento, e custa um pouco a se acalmar. Revolto o mar, faz seu passeio em plena proa. Vou a bombordo, e continuo a navegar. Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
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