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terça-feira, 29 de setembro de 2009

O amor é a invenção de tudo

Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.

(Fernando Namora, in “Jornal sem Data”)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aprendizagem amarga

Chega um dia em que o dia se termina
antes que a noite caia inteiramente.
Chega um dia em que a mão, já no caminho,
de repente se esquece do seu gesto.
Chega um dia em que a lenha já não chega
para acender o fogo da lareira.
Chega um dia em que o amor, que era infinito,
de repente se acaba, de repente.
Força é saber amar, perto e distante,
com o encanto rosa livre na haste,
para que o amor ferido não se acabe
na eternidade amarga de um instante.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Aprendi...

Aprendi que não posso lutar pelo amor de alguém… Posso apenas esforçar-me por dar-lhe razões para me amar… Aprendi que por mais importantes que sejam certos aspectos da vida para mim, existirão sempre milhões de pessoas para quem esses aspectos não interessam rigorosamente nada… Aprendi que o castelo que demorei anos a construir, alguém o pode destruir em apenas alguns minutos… E que o importante é arranjar forças para voltar a reconstruí-lo… Aprendi também que muito vai demorar a tornar-me na pessoa que quero ser… Provavelmente isso vai até nunca acontecer… Mas que disso eu nunca irei desistir… Aprendi já que magoar é o que de mais fácil há de fazer… e também que perdoar é muitas vezes o mais difícil de conseguir… Aprendi também que o amor de um homem pode durar muito tempo… Mas é o amor dos pais e dos amigos que vai durar toda a vida! Aprendi que não se pode dizer a uma criança que os seus sonhos são impossíveis… Já sou adulta e detesto que digam isso dos meus… E sobretudo, aprendi que as mais doces palavras de amor perdem todo o seu sentido quando usadas sem critério. Aprendi ao fim e ao cabo o quanto é difícil traçarmos o nosso caminho pela vida… Por mais que não queiramos, acabamos sempre por ir parar à berma… e às vezes temos mesmo de iniciar um novo e longo caminho…

sábado, 29 de agosto de 2009

Mudança

Tudo é digno de mudança, o tempo, as horas, as pessoas, cada pessoa.
Eu também resolvi alterar, dar um rumo diferente à vida.
Até pequenos hábitos alimentares, de descanso, de trabalho tudo vai ser alterado.
Sim, também a forma de sentir algumas pessoas que chamam amor e comparam a vida de uma vela à vida de uma estrela.
Não vou argumentar, mas aprendi há muito que o amor não começa e acaba num clic.
Vamos dar tempo ao tempo e depois este responderá.
Quando achar por bem irei junto de todos vós, e como quem põe a mão sobre o vosso ombro recordar-vos-ei, então que a estrela ainda brilha enquanto a vela há muito se extinguiu.
Na praia agora vazia todos aguardam o próximo verão, os primeiros dias de calor da Primavera, os próximos dias de paixão em vão.
Foi bom ter-te conhecido no Outono, antecipando o Inverno. Cresce devagar, anda à chuva, ao vento e perdura.
Deixa-me antever o teu ser, a calma da tua voz, a serenidade do teu rosto, deixa-me flutuar sobre as tuas palavras a transparência da tua alma.
Explica-me porque antecipo o que sentes, porque me estico para te alcançar em sonhos de manhãs frias e tu me acordas e eu sinto-te aqui, estando tu além. Porquê?