Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Aprendi...
Aprendi que não posso lutar pelo amor de alguém… Posso apenas esforçar-me por dar-lhe razões para me amar… Aprendi que por mais importantes que sejam certos aspectos da vida para mim, existirão sempre milhões de pessoas para quem esses aspectos não interessam rigorosamente nada… Aprendi que o castelo que demorei anos a construir, alguém o pode destruir em apenas alguns minutos… E que o importante é arranjar forças para voltar a reconstruí-lo… Aprendi também que muito vai demorar a tornar-me na pessoa que quero ser… Provavelmente isso vai até nunca acontecer… Mas que disso eu nunca irei desistir… Aprendi já que magoar é o que de mais fácil há de fazer… e também que perdoar é muitas vezes o mais difícil de conseguir… Aprendi também que o amor de um homem pode durar muito tempo… Mas é o amor dos pais e dos amigos que vai durar toda a vida! Aprendi que não se pode dizer a uma criança que os seus sonhos são impossíveis… Já sou adulta e detesto que digam isso dos meus… E sobretudo, aprendi que as mais doces palavras de amor perdem todo o seu sentido quando usadas sem critério. Aprendi ao fim e ao cabo o quanto é difícil traçarmos o nosso caminho pela vida… Por mais que não queiramos, acabamos sempre por ir parar à berma… e às vezes temos mesmo de iniciar um novo e longo caminho…
Sou timoneira, marinheira aventureira. Levo o meu barco, pelas águas do meu mar. Se o vento é forte, eu me coloco em alerta. Seguro firme, eu não me deixo naufragar. Arreio as velas, deixo o barco à deriva. Ao tom das águas, navegando devagar. Pego no leme e tento então tomar um rumo. Procuro um porto onde eu possa atracar. Um porto à vista nem sempre o encontramos. São muitas braças para que o possamos alcançar. Um bom marujo não se assusta com o tempo. De vento em popa, espero o dia clarear. Se o vento é leste, os seus estragos são maiores. É violento, e custa um pouco a se acalmar. Revolto o mar, faz seu passeio em plena proa. Vou a bombordo, e continuo a navegar. Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
Sem comentários:
Enviar um comentário