Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
O amor é a invenção de tudo
Aquilo que de verdadeiramente significativo podemos dar a alguém é o que nunca demos a outra pessoa, porque nasceu e se inventou por obra do afecto. O gesto mais amoroso deixa de o ser se, mesmo bem sentido, representa a repetição de incontáveis gestos anteriores numa situação semelhante. O amor é a invenção de tudo, uma originalidade inesgotável. Fundamentalmente, uma inocência.
Sou timoneira, marinheira aventureira. Levo o meu barco, pelas águas do meu mar. Se o vento é forte, eu me coloco em alerta. Seguro firme, eu não me deixo naufragar. Arreio as velas, deixo o barco à deriva. Ao tom das águas, navegando devagar. Pego no leme e tento então tomar um rumo. Procuro um porto onde eu possa atracar. Um porto à vista nem sempre o encontramos. São muitas braças para que o possamos alcançar. Um bom marujo não se assusta com o tempo. De vento em popa, espero o dia clarear. Se o vento é leste, os seus estragos são maiores. É violento, e custa um pouco a se acalmar. Revolto o mar, faz seu passeio em plena proa. Vou a bombordo, e continuo a navegar. Não sou da rua, nem da lua, nem sou tua. Sou folha seca, solta ao vento, em pleno ar. Não sou de ferro, nem de bronze, eu sou normal. Sou marinheira eu sou das águas... EU SOU DO MAR!
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